Alepo, uma das maiores e mais antigas cidades da Síria, está novamente em crise. Após semanas de intensos conflitos, a cidade foi tomada por grupos terroristas islâmicos, e milhares de cristãos tentam deixar desesperadamente a região em busca de segurança. A situação se agravou quando combatentes extremistas, vinculados a facções radicais, tomaram o controle de bairros predominantemente cristãos, forçando a população local a abandonar suas casas.
Relatos de sobreviventes indicam que, desde a queda da cidade nas mãos dos terroristas, igrejas e templos foram atacados e muitos civis, incluindo mulheres e crianças, foram forçados a se refugiar em áreas mais remotas ou tentar atravessar fronteiras em busca de asilo. “Estamos sendo atacados e não sabemos para onde ir. A nossa vida, a nossa fé e a nossa história estão sendo destruídas”, desabafou um dos moradores, que conseguiu escapar com a família e encontrou abrigo temporário em uma cidade vizinha.
A presença de grupos terroristas em Alepo é um reflexo da crescente instabilidade política e militar na Síria, onde múltiplas facções competem pelo controle. Nos últimos anos, os cristãos sírios têm enfrentado perseguições constantes, e muitos temem que a situação se agrave ainda mais com a ascensão de facções extremistas que visam eliminar ou submeter as minorias religiosas.
Organizações de direitos humanos, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch, estão monitorando de perto a situação e condenaram a tomada de Alepo pelos terroristas, apelando por ajuda internacional para proteger os civis. “É imperativo que a comunidade internacional reaja rapidamente para garantir a segurança dos cristãos e outras minorias religiosas, além de fornecer apoio humanitário imediato”, afirmou um porta-voz da Anistia Internacional.
Enquanto isso, a Igreja Ortodoxa Síria, uma das maiores da região, emitiu um comunicado pedindo oração e solidariedade para os cristãos que ainda permanecem em Alepo, aguardando um milagre ou uma intervenção que possa trazer um fim à violência e ao sofrimento que vivem.
Com a cidade isolada e os caminhos para a fuga cada vez mais arriscados, a comunidade cristã de Alepo se vê em uma luta pela sobrevivência, enquanto o futuro da cidade permanece incerto e perigoso.